As coisas realmente mudam.

domingo, 23 de junho de 2013

É. As coisas realmente mudam. Mudam depressa, num sopro, num piscar de olhos. Lembro do Nando, o menino lindo que estudou comigo da 1ª primeira série até a 7ª, pois é, digamos que ele foi minha primeira paixãozinha (e não, hoje isso pra mim não é fofo), ele era o queridinho das meninas da escola, todas em cima dele, e eu morria de ciúmes, ficava revoltada e chorava horrores quando chegava em casa. Enfim, o tempo passou e tcharan! Estávamos vivendo uma paixão juntos. Não por muito tempo. A vida pediu e tivemos que nos afastar, mas não paramos de nos falar, naquele momento ele era o homem da minha vida e segundo ele dizia eu era a mulher da vida dele – crianças! – nossas conversas via orkut e MSN não duraram por muito tempo também, quando percebemos já não tínhamos mais nada para conversar e tudo começou a ficar cansativo. Eu, com minha mente de menina de 11 anos – que nasceu em mil novecentos e uns bocados – achava que aquele sentimento que sempre havia julgado como amor ainda estava em nós, mas não, não foi bem assim. 
No fundo eu já sabia que aquilo não ia durar muito, até por que éramos bem jovens e nos caminhos da vida iríamos encontrar muitas pessoas interessantes, mas enfim, meu pensamento bobo estava tomando conta de mim: “Ele me ama, eu o amo, nós nos amamos e viveremos felizes para sempre”. E por isso continuei acreditando de certa forma que aquilo duraria uma vida inteira. NÃO! Uma vez ou outra perguntávamos às pessoas próximas notícias do outro, mas nada que pudesse fazer com que as coisas voltassem a ser como eram antes. Já dizia o grande Lulu Santos: Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia. Realmente. Ele está certíssimo. 
Sempre fomos da mesma turma, então quase todos os meus amigos também eram amigos dele, então começaram a surgir muitas festinhas onde nós dois éramos convidados e assim nos encontrávamos. Mas algo estava mais do que estranho. Já não era a mesma coisa. Mal nos falávamos agora. Trocávamos olhares e sorrisos, menos palavras. Minha timidez não deixava com que eu me aproximasse e puxasse um assunto qualquer, até por que eu já não tinha a mínima ideia do que falaria com ele. Esperei que ele tomasse atitude. Resultado: mais uma vez não nos falamos. Outro dia, andando no parque da cidade quem eu encontro? Sim, ele. Parou na minha frente. Nos olhamos por quase 3 minutos, sorrisos às vezes escapavam de nós, embora o clima não estava tão agradável como gostaria que fosse. Parecíamos desconhecidos. Diversos sentimentos tomaram conta de mim e eu já não tinha nem mesmo a certeza de que ele ainda estivera me olhando. Um estralo soou ao meu ouvido e então caí na real e pude sim perceber de que meus olhos já haviam encontrado os dele e que nada mais e nada menos iria acontecer. Respirei fundo, abaixei a cabeça e quando a levantei novamente, ele ainda estava lá, intacto, mal podia ouvir a respiração dele, estávamos à três palmos de distância, meus olhos mais uma vez encontraram os dele. Seguimos nossos caminho e desde então nunca mais o encontrei. 

Universo pequeno, mente menor ainda.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Estava passeando por aí. Sem rumo. Me deparo com uma das situações mais ridículas que podemos encontrar hoje, o preconceito. E é negativamente incrível a forma de como em pleno 2013, século XXI, ainda existe gente com mente tão pequena quanto seu universo pessoal. E o que eu sinto? Nojo, apenas. Na verdade sinto pena das pessoas, aliás tudo isso faz com que eu tenha certeza de que nem todas as pessoas estão abertas às coisas novas, informações do dia-a-dia, e isso me entristece, de verdade.
Por que será que é tão difícil abrir a mente e começar a olhar as coisas ao redor? Fica tudo tão mais fácil, tão lindo e compreensível. Mas a impressão que tenho é que a cada passo que o mundo tem oportunidade de dar as pessoas simplesmente ignoram e se fecham num “micro-universo pessoal” onde o centro é seu próprio umbigo. Se é que me entendem. Não estou falando só de aceitar, estou falando acima de tudo em respeitar.
Que mundo é esse que obrigatoriamente temos que ser gays para defender os que são? Que mundo é esse onde Deus não aceita o amor entre pessoas do mesmo sexo? Que mundo é esse em que todas as mulheres que usam short, saia, vestido curto e etc, são consideradas putas? Que mundo é esse que quando um homem é educado e “estiloso” acaba sendo espancado na rua sendo chamado de “viadinho” e a sociedade cruza os braços, calam a boca e quando a abrem é só pra soltar gargalhadas desnecessárias? E esse mundo onde pessoas negras que usam roupas simples são consideradas bandidas e (quase) sempre levam nas costas a culpa de tudo? Que mundo é esse que os negros são tratados como lixos durante 24hrs? Que mundo é esse que só gira em torno de dinheiro? Que mundo é esse onde ainda existem pessoas assim?
Esse é o “micro-universo particular” que é criado e cercado por infinidades de outro que também são assim. Como diz o grande Caetano Veloso: “nós somos uns boçais”. E sim, nós realmente somos. A parte boa disso tudo? É que podemos (e no fundo devemos) mudar isso. Não podemos ficar calados, não podemos cruzar os braços. O que temos que fazer é abrir a mente, esperar que diversas coisas novas possam tomar aquele espaço que só tinham coisas “vazias” e assim perceber que somos sim capazes de aceitar mudanças. Mudanças que vão com certeza nos levar até o caminho do crescimento. “Cresça, independente do que aconteça.” Abra a mente, isso basta.

Entrevista com a Luly Trigo!

domingo, 9 de junho de 2013

Oi chuchus!
Bom, hoje o bate-papo é com a escritora do livro “Carnaval”, Luiza Trigo. Em breve publicarei a resenha do livro que eu amei, e super indico. (Compre aqui).
Vamos saber um pouco mais sobre a Luly? C’mon guys!
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  1. Quem é a Luiza Trigo? Como você se define?
Acho que sou uma eterna criança, menina sapeca que gosta de brincar e pular pelas ruas. Que vive sonhando acordada e acredita em contos de fadas. E para quem acha que príncipe encantado não existe… Eu digo que existe sim! Sou louca por doces e Disney e gosto de levar a vida de uma maneira mais leve, mais alegre, não levo nada a sério, só se for muito necessário. E aproveitando a leveza do momento… pode me chamar de Luly. ;)
  1. Quando resolveu ser escritora? Por quê?
Eu acho que a vida fez de mim escritora. Eu nunca pensei em seguir essa profissão antes de ter escrito Carnaval. Quando escrevi o livro, foi tão rápido e mágico que eu digo que desceu um santo. Eu vou me vendo escritora com o passar do tempo,com a resposta do público, com os textos do blog, com as ideias na cabeça… E a cada dia mais tenho a certeza que isso é o que eu quero fazer para o resto da vida.
  1. Qual é a sua maior fonte de inspiração?
A minha vida e a vida que não vivi. Muito do que escrevo são cenas que aconteceram comigo, mas de uma forma diferente, de como eu gostaria que tivesse sido. E observo muito ao meu redor também, a vida das amigas, da família e até de estranhos na rua.
  1. Nesse caminho de escritora qual foi o maior obstáculo que teve de enfrentar? Por conta dele em algum momento você pensou em desistir?
Eu ainda estou no caminho, né?! E ainda estou enfrentando muitos obstáculos. Não vou mentir dizendo que nunca pensei em desistir, mas foi sempre daquela maneira que não é séria, sabe? Foi só um “se eu fosse engenheira seria tudo mais fácil”. (Risos). A vida de escritor iniciante é muito difícil,  mesmo com editora ainda temos muitas portas para bater e como ninguém nos conhece, muita gente não nos dá atenção. É um caminho difícil, mas com os leitores maravilhosos que tenho, fica difícil de desistir de verdade. São eles quem me mantém firme e forte.
  1. Os seus personagens têm muito a ver com algum amigo ou um parente seu?
Sim! Alguns muitos. Hehehe O Mateus, por exemplo, é um primo meu que adoro muito, apesar de não estar tendo muito contato com ele agora. As irmãs da Gabi são exatamente minhas irmãs, inclusive não escondi muito isso, já que os nomes são parecidíssimos, no livro: Lara e Marina, e na vida real Clara e Mariana. (Risos). A tia da Gabi é inspirada em uma tia maravilhosa que tenho no Recife. A Tatá é uma amiga exagerada e escandalosa… Entre alguns outros.
  1. A Gabi tem algumas coisas parecidas com você? O quê?
Acho que sim. Eu nunca tive muito medo de viver, de fazer as coisas que vinham na minha cabeça. Se eu estava afim do cara, eu conquistava o cara. Sempre fui de correr atrás do que quero. Eu levo comigo uma frase que adoro “Não arriscar nada, é arriscar tudo”, ou como meu namorado fala “O “não” você já tem”, por que não tentar, né?! Então eu acho que nesse sentido somos muito parecidas. Ela também é assim. E os gostos musicas, cinematográficos, os pintores que ela adora… São todos meus. (Risos)
  1. Assim que você lançou seu livro qual foi a coisa que mais te surpreendeu? 
A resposta e o carinho dos leitores. Eles são a melhor parte disso tudo. Eu amo muito escrever e entrar no mundo dos personagens, é um processo intenso e muito encantador, mas a reação dos leitores barra tudo isso. Como diz a Bruna Vieira, é quase como ouvir um “Te amo”  da pessoa amada.
  1. Quais são seus planos para o futuro?
Eu quero seguir escrevendo. Publicar os três outros livros já escritos e escrever as outras mil ideias que estão na cabeça. Queria muito ser colunista de revista teen, esse é um sonho meu e também escrever seriado para TV, mas infelizmente isso é uma coisa que não temos ainda no Brasil.
  1. Qual a sua dica para quem tem o sonho de ser escritor/a?
Acreditar em si mesmo e não desistir nunca. Como disse antes, o caminho é muito difícil e temos que passar por muitos “nãos”, mas não podemos deixar isso nos desanimar, temos que levantar a cabeça e seguir em frente, acreditando no nosso trabalho. Afinal somos brasileiros, não é?
10. Um recadinho para seus leitores:
Obrigada a todos vocês que leram essa entrevista. Aos meus velhos leitores, obrigada por todo carinho de vocês (SEMPRE). E aos novos, sejam bem vindos, espero que tenham gostado de mim. (Risos) E espero que se interessem pelo meu filhote. Um beijo para todos! :***
Babies, espero que tenham gostado do bate-papo com a Luly Trigo. Ela é uma fofa, né? Bom, vocês podem acompanhá-la pelo twitter, pela página oficial no facebook e também pelo blog dela. 

Beijitos!

 
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